(T-11.IV.4)

“Só tu és capaz de te privar do que quer que seja. Não te oponhas a esse reconhecimento, pois isso é verdadeiramente o princípio da aurora da luz. Lembra-te também de que a negação desse simples fato toma muitas formas, as quais precisas aprender a reconhecer e a combater persistentemente, sem exceção. Esse é um estádio crucial do redespertar. As fases iniciais dessa reversão são muitas vezes bastante dolorosas, pois à medida que a acusação é retirada do que está fora, há uma forte tendência a ancorá-la no que está dentro. É difícil, à primeira vista, reconhecer que isso é exatamente a mesma coisa, pois não há nenhuma distinção entre o que está dentro e o que está fora.”

 

A mente sonhadora é uma, assim como a mente de Cristo – extensão da Mente de Deus.

Somos uma mente única dentro de um sonho que nós mesmos fizemos. O Curso nos faz reconhecer que o poder da mente de criar e de acreditar em suas próprias criações é muito grande: fizemos um mundo e acreditamos firmemente que ele seja real e que está separado de nós.

“Só tu és capaz de te privar do que quer que seja. Não te oponhas a esse reconhecimento, pois isso é verdadeiramente o princípio da aurora da luz.”

Esse reconhecimento não traz culpa se partirmos da base principal da metafísica desse Curso: a diminuta (e louca) ideia, que nos faz acreditar que somos separados e, portanto, que estamos em escassez.

Nunca houve nenhuma modificação no Céu com esse nosso sonho de separação que chamamos de vida, pois é um sonho e já acabou (diminuta ideia).

Se somos os autores de um mundo de escassez, temos todo poder de desfazê-lo.

No entanto, porque acreditamos em sua realidade e temos medo de não termos outra, cremos que temos que consertar o mundo que fizemos.

Um Curso em Milagres é bastante claro quando diz que o problema do mundo não está no mundo, mas na mente que o está sonhando.

Tentar consertar as coisas "fora" é a mesma coisa que tentar mudar a tela que está passando um filme que não queremos ver.

O perdão verdadeiro que esse Curso ensina desmancha a nossa crença na realidade de um mundo separado, trazendo de volta o poder e a consciência de que só nossa percepção distorcida pode fazer com que percebamos a nós mesmos como seres em privação.