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... a Filiação em si mesma é uma criação perfeita, e a perfeição não é uma questão de grau. O aprendizado só é significativo enquanto existe uma crença em diferenças.

A evolução é um processo no qual aparentemente passas de um estágio ao seguinte. Corriges os teus passos equivocados anteriores, caminhando para a frente. Esse processo é, de fato, incompreensível em termos temporais, porque retornas na medida em que avanças. A Expiação é o instrumento através do qual podes te libertar do passado na medida em que avanças. Ela desfaz os teus erros passados, assim fazendo com que seja desnecessário que tenhas que ficar revendo os teus passos sem avançar para o teu retorno. Nesse sentido, a Expiação economiza tempo, mas como o milagre ao qual serve, não o abole. Enquanto houver necessidade da Expiação, há necessidade de tempo. Mas a Expiação, como plano já completo, tem uma relação singular com o tempo. (UCEM-T-2.II.5:7-8; 6:1-8)

A palavra evolução, para o Curso, tem um conceito diferente daquele que estamos acostumados a usar. Usando a Expiação para avançar no sentido evolutivo, desmanchamos a ideia de que somos imperfeitos e precisamos passar por estágios de transformação e limpeza. Assim, nosso processo evolutivo é um retorno ao estado original, ou seja, com o Curso fazemos o movimento contrário onde “avançar é retornar”. Isso significa que o processo da evolução com o Curso, sempre mental, é resgatar a memória de que ainda somos como Deus nos criou, portanto, não há evolução no sentido e uso tradicional da palavra, mas num sentido contrário, tem o significado de desmanchar a crença em que a Criação de Deus possa ser modificada de alguma maneira.

A diminuta e louca ideia de separação terminou assim que aconteceu. É isso que Um Curso em Milagres quer dizer com “Mas a Expiação, como plano já completo, tem uma relação singular com o tempo.” Nossa consciência volta ao ponto inicial de onde surgiu e depois é dispensada: na unidade perfeita não há Criador separado da criação – ambos são Um só. Não há consciência porque não há um objeto e um observador – tudo é um. Isso é a realidade, que não pode ser compreendida ou experimentada pela mente que se sente separada.

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